Sem dúvida, “Em terra
de cego quem tem um olho é rei.” Ainda bem que “Quem com ferro fere, com ferro será ferido...”. Melhor ir de devagar, pois “A pressa é a inimiga da perfeição...”. Seja grato: “Cavalo dado não se olha os dentes...”. Metaforicamente, “A ocasião faz o ladrão...”. Apesar dos pesares, “Quando um não quer, dois não brigam.” A verdade tem que ser dita: “Casa de ferreiro, espeto de pau....”. Em tempos de pandemia, “Prevenir é melhor do que remediar...”, pois “O seguro morreu de velho...”. Infelizmente, “Cada povo têm o governo que merece...”, no entanto “Errar é humano, permanecer no erro é...”, melhor não dizer. Quanta sabedoria... Filosofia popular. Quem nunca ouviu ou falou uma dessas expressões, cristalizadas na sociedade? “Ah, a minha avô/bisavô dizia...”. “A mamãe/papai sempre me falou estas verdades...”.

O imaginário de um povo pode ser considerado uma gigantesca enciclopédia oral, onde estão registrados os ditados populares, folguedos e festas, os brinquedos e brincadeiras, as crendices, a

Falar do grande mosaico que compõe o FOLCLORE de um povo desemboca em outra expressão, sobejamente
utilizada, o clichê: CULTURA. A origem dessa expressão encontra-se na língua latina. O radical da palavra é o verbo latino "colo", que tem o sentido original de "cultivar". O vocábulo latino "cultus" (particípio de colo) tem, portanto, inicialmente o sentido de cultura da terra. O verbo assumiu o sentido de "cuidar de", "tratar de", "querer bem", "ocupar-se de", "adornar", "enfeitar". Depois o sentido de "civilização", "educação"; e, também, o sentido de "adorno", "moda", "decoração". No léxico da língua portuguesa, talvez, não haja outra palavra com sentido tão latu como CULTURA; nossa vertente adotou as acepções atribuídas pelos alemães: cultivo de hábitos, interesses, língua e vida artística de uma nação. Assim, engloba toda cosmologia social.

Quem sabe daí a confusão pertinente ao uso do termo CULTURA. É comum ouvirmos alguém

“VIVER AS CULTURAS!!!”

“Brasil! / Meu Brasil Brasileiro / Mulato inzoneiro / Vou cantar-te nos meus versos / Brasil, samba que dá / Bamboleio, que faz gingá / O Brasil do meu amor / Terra de Nosso Senhor...”.
Meu Brasil brasileiro?... Nosso Brasil é mais que brasileiro. Nossa cultura é resultado de uma compilação de costumes, um verdadeiro sincretismo cultural. A priori foi o choque entre

(HADSON DE SOUSA)