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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

VOTAR OU VOTAR? EIS A OBRIGAÇÃO...

 

No domingo subsequente, exerceremos a “democracia”? Nosso poder de escolha? Iremos por livre e espontânea vontade fazer valer nosso direito de votar e ser votado (no caso dos CÂNDIDOS)? Como discutido outrora neste espaço: “... nós, heróis idealizados desta pátria, temos nossos direitos políticos: além do direito de voto obrigatório em eleições (o direito de votar e de ser votado), também constituem direitos políticos o de voto (novamente) em plebíscitos e referendos, o direito de INICIATIVA POPULAR (escasso neste âmbito, nos dias atuais) e, o direito de organizar e participar de partidos políticos. Quanto nonsense... Nosso ‘... partido é um coração partido’. Como se não bastasse, há a hipótese de perda e suspensão de direitos políticos – ‘Quando a esmola é grande, o santo desconfia’. Salve a Democracia brasileira... DEMOcracia!!!???”


JEITINHO BRASILEIRO: NEODEMOCRACIA...

Neodemocracia brasileira: escolher e escolher...

Nossa lei eleitoral criou uma NEODEMOCRACIA; redimensionou o sentido do verbo “escolher”; engendrou um novo verbo frasal “ter de escolher”. Na moderníssima urna eletrônica não há aquela opção: “Nenhuma das alternativas...”, somos condicionados a escolher e pensamos estar exercendo nosso poder de escolha, cidadania. No processo eleitoral temos de escolher, sempre. Mesmo que o ANTIVOTADOR escolha, na caixa preta da política, a opção NULO, tecle uma combinação numérica qualquer e aperte CONFIRMA, ou queira tornar límpido o voto e escolha a opção BRANCO, isso não tornará possível o direito de “não escolher”. Nesta eleição, os votos brancos e nulos somarão, ainda, e elegeremos, de qualquer forma, dentre os CANDIDATUS, um representante para fazer usufruto do estado e da república. Sabe aquela máxima: “Penso que sim, penso que não. Antes pelo contrário...”. É assim que o VOTADOR sente-se diante da caixa de Pandora eletrônica. Mas é a festa da democracia – sistema comprometido com a igualdade ou a distribuição igualitária do poder... Faz de conta que é assim. 
         CAIXA DE PANDORA ELETRÔNICA
 
O mito da caixa de Pandora faz alusão à origem dos males que permeiam o mundo.

Já que se há de votar... Então, o que fazer diante da urna?  Vamos pensar naquela versão, menos coerente e plausível da caixa de Pandora, da mitologia grega. Pandora, primeira mulher a existir, criação dos deuses Hefesto e Atenas, foi enviada de presente para agradar aos homens. Epimeteu, que guardava outro presente dos deuses: uma caixa onde continha todos os males, responsabilizou-se e casou-se com Pandora. Ela por curiosidade e descuido, abriu a caixa e, alguns males escaparam... Na ânsia de reparar o erro, Pandora fecha a caixa, contudo restou apenas um mal: a ESPERANÇA... É, se o futuro do país estará nas CAIXAS ELETRÔNICAS DE PANDORA neste domingo, resta-nos ter ESPERANÇA e torcer para que dos males escolhamos o menor. E se pensarmos que “A esperança é um urubu pintado de verde”? Oh céus! Continuaremos no Caos... O VOTADOR pode, outrossim, analisar e votar no discurso menos utópico: “No meu governo o Brasil será a maior potência do mundo; acabamos com a fome no país; hoje, a maioria dos brasileiros é de classe média...” Humm!? “No meu governo todos os brasileiros terão água tratada; 13º salário do bolsa família; aumentarei o salário mínimo para R$ 600,00; construirei 150 policlínicas, além de hospitais e postos de atendimento para dependentes químicos.” Falácias? O que será que será?       

Um comentário:

  1. Meu querido amigo,

    "A vida é o dia de hoje
    A vida é o 'ai' que mal soa...
    (João de Deus)

    Gosto de seus textos. Isso, aliás, já data de muito tempo... e você sabe disso. Gosto da maneira reflexiva como se posiciona racionalmente diante dos fatos.
    Gosto da sua objetividade, qualidade rara nesses tempos insanos em que vivemos...
    Gosto de sua postura pessoal que, em hipótese alguma, descarta a posição e postura alheias para, somando, contrapô-las à propria posição.
    Gosto do seu estilo. Saber cultivar e utilizar o idioma, dando a ele feições próprias é coisas para quem tem sensibilidade e respeito pela própria cultura...
    Que bom que tenhamos vozes alternativas em meio à balbúrdia que se instaurou na nossa sociedade...
    "Vem por aqui" - dizem-me alguns com olhos doces
    e certos de que seria bom que os ouvisse
    quando me dizem: "Vem por aqui".
    Eu olho-os com olhos lassos
    e há nos meus olhos
    ironias e cansaços
    e nunca vou por ali...
    (José Régio)
    Que bom que possamos, à luz da reflexão, traçar os próprios caminhos, perseguir os objetivos, voltar a acreditar no sonho, tentar minimizar a distância entre a utopia e a nossa realidade.
    Com carinho,
    Com respeito,
    Com amor fraternal...
    Joel Cardoso

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